Frente informações enganosas sobre a Oxigenoterapia Hiperbárica, a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, vem esclarecer publicamente sobre a prática e segurança biológica deste tratamento.
A Oxigenoterapia Hiperbárica consiste na respiração de oxigênio puro e pressurizado dentro de um aparelho especial chamado câmara hiperbárica. As câmaras hiperbáricas podem ser para ocupação de um ou vários pacientes ao mesmo tempo, respectivamente chamadas de monopaciente ou multipaciente.
Elas são higienizadas a cada sessão e os pacientes recebem roupas especiais para fazer a terapia. A exposição dura aproximadamente 90 minutos em sessões diárias. O resultado do tratamento é avaliado a cada 10 sessões, momento em que se decide pela continuidade ou não de outro ciclo de sessões.
O objetivo da terapia hiperbárica é, basicamente, tratar feridas e infecções e seu sucesso é altamente sensível a repetição diária das sessões pois seu funcionamento depende do fornecimento de picos de oxigenação os quais estimulam o sistema imunológico e de reparo tecidual a agirem.
Como o oxigênio hiperbárico é administrado pela via respiratória e transportado pelo plasma sanguíneo, os pacientes portadores de curativos (coberturas) não necessitam retirá-lo para fazer a sessão. Como curativos (coberturas) não são manipulados em ambientes hiperbáricos, o risco de infecção a que o paciente fica submetido é mínimo, se igualando ao mesmo risco de quando está fora da câmara hiperbárica como, por exemplo, quando está na sala de espera de consultórios, prontos-socorros ou em situações cotidianas.
Finalmente, até a realização deste comunicado e frente a experiência de mais 70 anos da Medicina Hiperbárica moderna, não há artigos publicados, nem sustentação científica alguma para as alegações falsas e enganosas de que há transmissão de infecções em sessões de Oxigenoterapia Hiperbárica nos centros que realizam os protocolos de segurança e higienização corretos.