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Aconteceu, 1˚ Conferência Brasileira de Consenso em Medicina Hiperbárica

Aconteceu, 1˚ Conferência Brasileira de Consenso em Medicina Hiperbárica<
30/08/2018

A Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, promoveu, a 1˚ Conferência Brasileira de Consenso em Medicina Hiperbárica nos dias 18 a 20 de outubro. Similar ao modelo Europeu, renomados especialistas discutiram os protocolos, formando a Guide Line em Medicina Hiperbárica, elevando a utilização desta especialidade ao mesmo nível dos Guide Lines Europeus. Um feito histórico para a medicina brasileira.

De abrangência nacional, o evento foi realizado na cidade de Maceió-AL no Jatiuca Hotel e Resort e contou com a participação de profissionais da saúde e principais players do mercado de medicina hiperbárica.

A Conferência de Consenso de Alagoas teve como foco central a revisão da lista de indicações aceitas para tratamento com oxigênio hiperbárico (OHB), com base em uma revisão completa da melhor pesquisa disponível e da medicina baseada em evidências (EBM). Para este escopo, foi adotado o sistema GRADE para análise de evidências, juntamente com a técnica de DELPHI para avaliação do consenso dos especialistas que participarão do painel.

Um grande volume de informações e uma enorme variabilidade na qualidade dos trabalhos, acabam por determinar a necessidade de elaboração de sínteses que facilitem o acesso e possibilitem conclusões baseadas em diversas fontes de evidência, fornecendo assim, subsídio científico para a tomada de decisão.

GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation) é um sistema desenvolvido para graduar a qualidade das evidências e a força das recomendações em saúde. Atualmente cerca de 100 instituições internacionais utilizam o GRADE, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS), o National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), o Centers for Disease Controland Preventon (CDC) e a colaboração Cochrane.

O sistema GRADE atribui níveis de evidência e classifica a força da recomendação para questões em saúde. O nível de evidência representa a confiança na informação utilizada. No sistema GRADE, a avaliação da qualidade da evidência é realizada para cada desfecho analisado utilizando o conjunto disponível de evidência. No GRADE a qualidade da evidência é classificada em quatro níveis: alto, moderado, baixo, muito baixo.

A técnica Delphi é um método utilizado para estimar a probabilidade e o impacto de acontecimentos futuros e incertos. No Delphi, um grupo de peritos é consultado para auxiliar na identificação de riscos e suposições e premissas a eles associados, e cada um individualmente apresenta suas estimativas e premissas para um facilitador, que analisa os dados e emite um relatório de síntese. Na sequência, os membros do grupo discutem a analisam o relatório de síntese e individualmente apresentam novamente suas estimativas e premissas, agora atualizada e influenciada pela opinião dos demais participantes do painel. Este processo continua até que todos os participantes cheguem ou não a um consenso, sendo que geralmente se conclui com quatro rodadas.

Os especialistas ao final de cada rodada têm conhecimento das previsões dos demais especialistas, mas não nominalmente, é crucial preservar o anonimato. O anonimato permite aos peritos expressarem as suas opiniões livremente, incentiva a abertura e as discussões em alto nível, e ao mesmo tempo que evita acusações e julgamentos, também evita a revisão de previsões de rodadas anteriores.

Submetidas a esses métodos e técnicas, ao final da Conferência, pretende-se que as indicações de uso clínico da OHB, possam ser divididas em três grupos, da seguinte forma:

Tipo 1 – A OHB é fortemente indicada como um método de tratamento primário, apoiado por evidência suficientemente forte;

Tipo 2 – A OHB é sugerida, pois é apoiada por níveis aceitáveis de evidência;

Tipo 3 – A OHB é considerada como uma medida possível / opcional, mas ainda não é apoiada por evidência suficientemente forte, dependendo de novos estudos.

Para cada indicação categorizada nos três diferentes tipos, também deverão ser hierarquizados, os níveis de evidência que foram considerados, assim relacionados:

A – O número de ensaios clínicos randomizados (RCTs) é considerado suficiente;

B – Há alguns RCTs a favor da indicação e há um amplo consenso de especialistas;

C – As condições não permitem RCTs adequados, mas há amplo e internacional consenso de especialistas.

Por último, as indicações relacionadas e classificadas em tipos e níveis de evidência, serão distribuídas em conformidade com a força de concordância em dois grupos:

Forte concordância – Para as indicações que alcançarem mais de 80% de concordância dos membros do painel.

Concordância – Para as indicações que alcançarem mais de 60% de concordância dos membros do painel.

O resultado então é compilado pelos organizadores que deverão publica-los com a chancela da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, formando-se assim as diretrizes de uso da Oxigenoterapia Hiperbárica.

Temos a certeza que este evento representou um marco na organização da Medicina Hiperbárica do Brasil, bem como se seguirá de eventos periódicos para atualização dos consensos diante dos avanços científicos que, por certeza ocorrerão na linha do tempo.

 

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